
Marrakech com certeza está na minha lista de destinos favoritos e definitivamente é um lugar que você deve conhecer antes de morrer!!!
Passei 6 dias nesta cidade exótica, localizada na região centro-sudeste de Marrocos, país do continente africano, cuja capital é Casablanca. Por conta dessa posição, Marrakech também é chamada de Porta do Sul ou Cidade Vermelha, devido a cor característica de suas construções, que se assemelha a um tom um “marsala envelhecido”.
Conhecida por suas ruas que lembram um labirinto, palácios e jardins de tirar o fôlego e pelos mercados (souks) que vendem – literalmente – de tudo, sem dúvida Marrakech é o principal destino turístico de Marrocos. Não à toa, que o estilista Yves Saint-Laurent (1936-2008) passava grandes períodos se inspirando na propriedade que comprou na cidade.
A primeira vista, para mim, foi um choque cultural ver mulheres de burcas inteirinhas de preto em pleno verão de 40 graus. A maioria dos marroquinos é muçulmanos e é muito comum também ver os homens, em determinados horários do dia, rezando dentro das mesquitas, onde não é permitida a entrada de mulheres. Apesar de ser um lugar turístico, não recomendo andar pela Medina (centro antigo da cidade) com roupas curtas ou peças muito coladas no corpo, já que isso pode ser interpretado como uma ofensa a cultura religiosa deles.
Em nenhum momento me senti insegura na viagem, mas como em qualquer lugar turístico e movimentado, é preciso prestar atenção na bolsa e nos pertences pessoais. Marrakech é super policiado e ao contrario do que muitos falam, não há problema nenhum ir para lá só com mulheres. Eu fui com a minha tia e a minha prima e não passamos por nenhuma situação desagradável neste sentido.
As ruas da cidade antiga também não possuem sinalização de trânsito e confesso que no começo fique com medo de ser atropelada por um tuktuk, ou até mesmo por um burro rsrsrsrs. A primeira vista aquilo parece não fazer sentido algum, mas depois você ve que faz parte dos costumes e que apesar de parecer caótico, são bem raros acidentes por lá.
Antes de embarcar para Marrakech, confira algumas dicas importantes! Programação é tudo quando o assunto é viajar.
Informações importantes:
Línguas: Árabe, dialetos berberes e francês. Na maioria dos lugares turísticos eles falam inglês, o que foi minha salvação.
Saúde: Não há exigências específicas de vacina.
Melhor época para visitar: A melhor época para visitar o Marrocos é de outubro a maio, o que corresponde a primavera e o inverno. Fui em setembro e confesso que sofri com o calor de mais de 40 graus e o clima super seco. Não recomendo ir durante este período!
Moeda local Dirham: Pague, preferencialmente, com a moeda local. Lá eles aceitam Euros e Dólares, mas o câmbio não é o mais favorável.
Não pegue taxi no aeroporto: uma dica importante é fechar com o hotel um taxi recomendado por eles. Desta forma você evitará surpresas como o taxista falar um preço absurdo quando te deixar no hotel.
Onde se hospedar
Existem duas opções de hospedagem que são completamente diferentes, dentro ou fora da Medina. Em Marrakech tem vários hotéis luxuosos e famosos mundialmente como o Four Sessons, Sofitel e Fairmont, mas todos ficam fora da medina e são mais ocidentalizados.
Como queria viver uma experiência autêntica, optei por me hospedar no coração da cidade, em um Riad (nome dado aos antigos palacetes situados dentro da Medina, fechados para o exterior e que, com o tempo, transformaram-se em hotéis de pequeno porte). Optei por um Riad boutique de apenas 13 quartos chamado Riad Star, pois queria viver a realidade da cidade e entrar em contato com a cultura marroquina autêntica.

Riad Star

Riad Star
Ficar hospedada no Riad Star foi uma experiência inesquecível, desde a minha chegada, até a hora de ir embora, com o coração partido. Meu quarto todinho branco levava o nome da princesa Grace Kelly, que no passado foi muito amiga da cantora de Jazz Josephine Baker, que viviu no Riad durante os anos 40. O Riad Star leva este nome em homenagem esta talentosa estrela do jazz!!!
O atendimento dos funcionários do hotel não poderia ser melhor!!! Fiquei amiga dos queridos Omar e Abdul, que desde o começo nos trataram com muito carinho. Como o hotel é bem pequeno, a maioria dos hospedes se conhecem e trocam dicas das mais variadas. Parece uma família mesmo!!!
Existem outros Riads incriveis como Riad Monceau, Riad Kniza, Riad Farnatchi, El Fenn, entre outros. Mas para quem busca se hospedar em algum lugar mais tranquilo, fora da loucura da Medina, recomendo o La Mamounia, que é um hotel de luxo zero ocidentalizado, o La Sultana, o Beldi Country Club ou o Selman. Todos deslumbrantes!!!

La Mamounia

La Sultana